sexta-feira, 31 de outubro de 2014


Goodbye, Outubro e Welcome Novembro.

Hoje finalizo mais um mês de leituras e diversão. Sei que não temos como ler o máximo de livros que gostamos, colocamos no início de cada mês uma sequência a ser cumprida, nem sempre a seguimos, pois no decorrer do caminho nos deparamos com alguma indicação, lançamento ou lembrança de que precisamos ler aquele tal livro esquecido. Este mês de Outubro foi bem desse jeito, li alguns que já estavam na minha lista e pulei alguns que queria ler na frente. Acho que acontece com muita gente não é? 


Novembro ta chegando e com ele minha esperança que eu possa conseguir ler muito mais, pois além da vontade de ler existem também algumas barreiras do dia-a-dia que não podemos transpor tipo trabalho, estudo ou mesmo afazeres domésticos (que minha mãe não leia isto! rsrss), mas aos trancos e barrancos vamos dosando com paciência e sabedoria. 





Fiz rapidamente um resumo dos caminhos leiturísticos (se é que esta palavra existe) que percorri. São eles:

  • As Aventuras de Tintim: O Ídolo Roubado; Hergé
  • A culpa é da estrelas; John Green
  • As Aventuras de Tintim: Os charutos do Faraó: Hergé
  • Quem é você, Alaska?; John Green
  • As Aventuras de Tintim: O Lótus azul
  • Extraordinário; R. J. Palácio
  • Amor líquido; Bauman
  • As Aventuras de Tintim: O Cetro de Ottokar

“Como não viajar com a leitura. Gostaria de poder ser rico e viver apenas para ler, comprar todos os livros que quiser e puder... (divagando apenas) já acordei!!!”  rsrsr.
Pois é isso, Novembro entrará com mais leituras, resenhas, indicações de livros e muitas viagens (sem sair de casa, claro!) dentro da imaginação.

Um abraço e até o próximo post. Só lembrando, já iniciei novas leituras e teremos mais novidades...


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Resenha HQ: As aventuras de Tintim; O Cetro de Ottokar

E aí pessoal, tudo legal? espero que sim! Para finalizar a edição de Outubro com chave de ouro, disponibilizo mais uma resenha da série As Aventuras de Tintim. Espero que gostem!

*Tintim e Milu partem em busca de mais uma aventura, agora diante de uma pasta encontrada no banco de uma praça, Tintim identifica os documentos e descobre se tratar de Nestor Halambique professor de Sigilografia (ciência que estuda os selos usados em cartas para autenticá-los ou validar uma determinada correspondência) e colecionador de selos também, cuja coleção inclui exemplares da Sildávia, o reino do pelicano negro. De posse de sua pasta, o professor revela a Tintim um selo raríssimo do rei Ottokar IV – Rei da Sildávia.

Após conversar com o professor Tintim é avisado por ele que está de partida para Sildávia para estudar um pouco mais sobre o tal selo. Tintim se despede do professor e escuta numa sala ao lado alguém tramando um suposto plano contra o professor. Mas afinal o que teria o professor Halambique a oferecer, a ponto de ser sequestrado?  Tintim recolhe algumas provas e informações que ele julga importantes e resolve ir com o professor Halambique para Sildávia. Logo Tintim é envolvido numa conspiração ligada à Sildávia, para destronar o atual rei, e viaja àquele país para tentar desvendar os acontecimentos. E é aí que a história toma corpo! Como já previsto nosso repórter Tintim e seu fiel cão Milu cairão em grandes armadilhas e serão alvos de organizações criminosas que buscam destronar o rei.

Notas:
Como não podia deixar de existir o quadrinho apresenta de modo extraordinário bem os problemas políticos da época, com a relação entre os países ficticios Sildávia e a Bordúria representando a anexação da Áustria e do território dos Sudetos, pela Alemanha nazista.
O álbum como também já mencionado em outros posts teve sua versão em branco e preto e posteriormente a cores em 1947 pela Casterman. O albúm apresenta personagens já conhecidos como: Dupond e Dupont e a estreia da cantora de ópera Bianca Castafiore que logo mais terá uma edição em sua homenagem. A edição lida é da Editora Companhia das Letras com a tradução de Eduardo Brandão e riquezas de detalhes e cores fantásticos.


 É galera, o mês ta acabando mas ainda teremos mais de As aventuras de Tintim neste próximo mês, espero que tenham gostado e aproveitem pra ler...

*Breve introdução feita sobre As aventuras de Tintim no post “O Ídolo roubado” publicado anteriormente.



terça-feira, 28 de outubro de 2014

Resenha: Amor Líquido (Título original: Liquid love: on the frailty of human bonds)

Abre aspas: "Confesso que este livro não estava em meus planos para este mês, porém por indicação de uma amiga resolvi lê-lo. Não me arrependi nem um pouco! O título em si já é um agente chamativo..." Fecha aspas. Então, não esperem um romance, melodramas ou coisa do gênero! O livro é em sua essência, uma ferramente de questionamentos surpreendente e que depois de analisá-lo outras perguntas virão. Vamos lá então? 

O livro trata basicamente de questionamentos sobre o advento da tecnologia em detrimento ao amor e este por sinal, é meramente visto como algo banal que corrobora com a máxima de que “tudo é descartável e não é feito para durar”. Mas afinal o que é o Amor líquido? ¹Zygmunt Bauman analisa de forma brilhante as formas e proporções que o amor foi moldado, mudado e hoje é visto como um objeto que poucos têm e muitos não sentem falta. Através de pensadores, filósofos e sociólogos (assim como ele), ele faz uma espécie de ensaio sobre o Amor, de forma coesa adentrando em terrenos de determinadas áreas para explicar este universo e o verdadeiro valor do amor.
         Bauman não tenta convencer ninguém sobre o tema proposto, ele lança ao leitor mecanismos que torna a deficiência do objeto em estudo algo visível aos olhos e perceptível a quem nele está inserido. Deixa claro logo de inicio que o herói é o Relacionamento Humano e não outra coisa e os personagens centrais o Homem e a Mulher. Ele também mostra a maneira e os caminhos que o Amor foi esquecido, banalizado, trocado como moeda de câmbio. Bauman aponta as contraposições encontradas nas relações humanas e faz comparações comportamentais de estudiosos e suas maneiras de testar suas teses. Exemplificando, ele cita Miller Dollard que fez do uso de ratos de laboratórios seu estudo base para chegar ao auge da excitação que por vez verificada, deparou-se com o que chamamos de atração e a repulsão. Logo: os ratos eram ameaçados com choque elétrico (repulsão) e a promessa de uma comida suculenta (atração).
O livro é subdividido em quatro partes: Apaixonar-se e desapaixonar-se, Dentro e fora da caixa de ferramentas da sociabilidade, Sobre a dificuldade de amar o próximo e Convívio destruído.
O livro aborda outros fatores como Relações Virtuais, Relações Reais – Ganhar e Perder – Os riscos da ansiedade, de se viver junto e separado – Tudo com base num mundo líquido e moderno. Por que viver conectado vinte e quatro horas é tão importante? Nunca perde de vista o celular, preocupação demasiada em estar sempre disponível. Mas também enfoca o namoro virtual e o real – suas vantagens e desvantagens. Praticidade em entrar e sair de um relacionamento. Questionamentos sobre o amor ao próximo, a si mesmo e outras indagações. E para finalizar ele traz o convívio destruído.
“É exatamente isso que faz o amor: destaca um outro de "todo mundo" e por meio desse ato remodela "um" outro transformando-o num "alguém bem definido, dotado de uma boca que se pode ouvir e com quem é possível conversar de modo a que alguma coisa seja capaz de acontecer.E o que seria essa "alguma coisa"? Amar significa manter a resposta pendente ou evitar fazer a pergunta. Transformar um outro num alguém definido significa tornar indefinido o futuro. Significa concordar com a indefinibilidade do futuro. Concordar com uma vida vivida, da concepção ao desaparecimento, no único local reservado aos seres humanos: aquela vaga extensão entre a finitude de seus feitos e a infinidade de seus objetivos e conseqüências.” Bauman

Notas sobre o Autor:

Zygmunt Bauman é sociólogo polonês, nasceu no dia 19 de Novembro de 1925, em Poznán. Iniciou sua trajetória acadêmica na Universidade de Varsóvia, sendo obrigado a deixar a academia em 1968, mesmo ano em que sua obra teria sido proibida neste país. Deixou sua terra e viveu nos Canadá, estados Unidos e Austrália posteriormente. Foi professor titular por 20 anos na Universidade de Leeds, onde teve contato com o filósofo islandês Ji Caze que teve boa participação em sua vida servindo-o de inspiração para trabalhos futuros. Boa parte de seus livros foram traduzidos para o Brasil. Seus livros abordam temas como conexões sociais, sociedade contemporânea e suas inquietações, estudos que enveredam pelas angustias humanas e que tentam não trazer uma resposta, mas explicações de como elas acontecem e estão presenciadas em nosso dia-a-dia. O sociólogo acredita que boa parte dos acontecimentos ligados aos relacionamentos encontram-se inseridas nas próprias características do mundo pós-moderno. Ele avisa que é impossível fugir dessa aldeia global, suas vertiginosas ondas de informações e novas ideias.
Simplesmente fantástico! Facilmente recomendado.

sábado, 25 de outubro de 2014

Resenha: Extraordinário (Título original: Wonder)


August Pullman é um garoto de 10 anos que nunca frequentou a escola, pois sempre estudou em casa com a ajuda de seus pais. August nasceu com uma deformidade fácil devido a uma alteração conhecida como “Disostose bucomaxilofacial previamente desconhecida, causada pela mutação de um autossomo no gene TCOF1, localizado no cromossomo 5, complicada por uma microssomia hemifacial característica do espectro óculo-aurículo-vertebral”. Complicado né? Não, isso não é fictício e sim, ela existe!
Diante de todas as cirurgias que fora submetido (motivo pelo qual ele nunca havia ido à escola), ele ainda sofre muito pelo fato de ser um garoto diferente dos outros meninos. Auggie mora com seus pais e sua irmã Olivia “Via” como ele a chama carinhosamente e sua cachorrinha Daisy. August ou “Auggie” como é conhecido por todos recebe uma notícia de seus pais que mudará sua vida, ele começará a estudar em uma escola normal, e ele senti que seus medos e suas angustias começam a pô-lo a prova, afinal tudo dali pra frente será novo e desafiador, novos amigos e novos questionamentos sobre sua fisionomia. Complicado ver isso, pois qualquer mudança já é difícil quando não temos um problema desses, imagine quando temos um problema como a do August.


Auggie é levado à escola dias antes das aulas começarem para uma visita de apresentação. Sr. Buzanfa, diretor da escola o apresenta alguns novos colegas e a escola. Ele conhece inicialmente Jack Will, Julian e Charlotte e vê um pouco de esforço por parte deles para ele se sentir bem e certo distanciamento a respeito de sua aparência.
O livro levanta questões em diversas áreas e aborda temáticas que são facilmente encontradas em escolas e alunos. Ele passa por um grande processo de adaptação – intolerância por parte de muitos alunos – e o mais importante, o bullying passa a ser um visitante frequente ao seu dia-a-dia. Objeto de estudo já alguns anos, mencionado em jornais, reuniões escolares e tão injustamente inserido em nossa sociedade, realmente é uma triste realidade para quem sofre.
Extraordinário nos mostra de forma comovente e brilhante o impacto que um menino como August pode causar na vida de tantas pessoas. Uma mescla de piedade (para quem não o conhece), risos (aos insensíveis), amor e admiração (de todos que o conhece melhor). Um livro que causa impacto logo de início, tem um tema comovente, forte e sem dúvida nenhuma, deixa sua marca e muda sua maneira de ver o próximo.


O livro tem uma estrutura de leitura extremamente interessante. O livro é dividido em oito partes, sob o ponto de vista do Auggie, Via (sua irmã), e dos amigos: Summer, Jack, Justin e Miranda. Cada personagem relata sua participação, ou seja, cada um deles descreve como é o convívio com Auggie e todos os diálogos convergem para um único ponto, finalizando assim com a narração principal que é a do Auggie. Funciona basicamente assim: os narradores secundários vão aparecendo de forma progressiva, mostrando a visão e opinião de cada um sobre o narrador principal (Auggie). O livro torna-se fácil, de bom entendimento, têm seus momentos tristes, mas também é carregado de ensinamentos e lições de vida.


Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo” – Auggie.

Muito bom quando podemos ler um material diferente e de proposta tão inusitada como o Extraordinário.


Notas sobre o autor: Este é o primeiro livro de R. J. Palácio. Ela atua no mercado editorial norte americano de dia e Designer Gráfico à noite. Mora em Nova Iorque com o marido, filhos e cachorros. Palácio, através dessa obra encabeçou uma campanha antibullying e tem um site destinado a esta causa.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Resenha HQ: As aventuras de Tintim; O Lótus Azul.


*Tintim e Milu encaram mais uma missão em O Lótus Azul. No último post que fiz sobre As aventuras de Tintim e seu criador Hergé tivemos uma breve introdução sobre o autor e sua criação. Nesta edição Tintim é inserido numa grande batalha para desbaratar uma gang de traficantes de ópio. Em 1934 e 1935 Hergé havia lançado o inicio desta aventura em uma versão em branco e preto, porém a história em sua totalidade fora publicada apenas em 1936 sofrendo com isso alguns ajustes e alterações no texto e desenhos, para só assim então ter sua versão totalmente em cores. Hergé traz elementos culturais com riquíssimos detalhes e mostra um enorme conhecimento geográfico que torna sua HQ extraordinariamente surpreendente. Hergé retrata a realidade de sua época para suas histórias com perfeição, as tensões entre China e Japão, a proliferação do ópio, e como não podia deixar de lado, a luta para combater organizações criminosas. Ele também faz alusões sobre a guerra dos Boxers (1899 – 1900), o massacre de Nanquim (1937), e a guerra Sino-Japonesa que vai do massacre até o final da Segunda Guerra. 


O pano de fundo de O Lótus Azul na verdade é a China e o Japão, Tintim está hospedado na Índia na casa de um Marajá de Rawhajpoutalah. Após a visita de um faquir Tintim é alertado para tomar cuidado com determinadas pessoas que estarão ao seu lado em breve. Neste mesmo dia um mensageiro de Xangai é atingindo por uma flecha envenenada que tem o poder de deixar as pessoas ligeiramente loucas, e revela em um “recado um pouco trocado” que Tintim precisa ir para a China. Chegando a Xangai começam os grandes altos e baixos do nosso repórter com pitadas de humor e sarcasmos tão bem representados por Hergé. Munido de algumas informações ele começa a juntar as peças desse quebra-cabeça e tenta interromper a todo custo esta organização criminosa.
Não pretendo descrever mais nada sobre a obra acima citada, pois tornaria minha resenha em um spoiller e não é esse o propósito do blog. Maravilhosamente elaborada O Lótus Azul é de longe uma das melhores histórias do nosso grande autor. (palavra de fã).


Esta semana teremos mais algumas postagens, espero que tenham gostado e aproveitem pra ler...

*Breve introdução feita sobre As aventuras de Tintim no post “O Ídolo roubado” publicado anteriormente. Segue link:




segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Resenha: Quem é você, Alaska? (título original: Looking for Alaska)



Quem é você, Alaska? traz a história de Miles Halter, um jovem que está cansado da vida que leva com sua família na Florida. Sem amigos, sem vida social e totalmente desestimulado do convívio familiar, decide morar em um colégio interno onde seu pai já havia estudado no estado do Alabama. Os pais perguntam por qual motivo ele está querendo ir para o tal colégio e Miles diz, citando o grande poeta François Rabelais, que ele precisava sair em busca de um “Grande Talvez”. Miles tem uma mania de memorizar últimas palavras. Ele lê biografias e memoriza as últimas palavras ditas por celebridades antes de morrerem.
Chegando ao colégio Culver Creek, Miles conhece seu parceiro de quarto Chip Martin o “Coronel” como era chamado. Um baixinho mandão que adorava ditar as regras, por isso era possuidor de tal apelido! O mesmo batizou Miles com o apelido de “Gordo” em homenagem a sua magreza. Apresentados, Coronel e o Gordo vão ao quarto de Alaska Young, uma jovem sedutora, inteligente, problemática e detentora dos melhores prazeres já experimentados pelos jovens de Culver Creek, cigarros e bebidas (isso claro às escuras). Como em toda maioria dos colégios, Culver Creek não era diferente. Miles conheceu Takumi e Lara posteriormente e juntos com Alaska e o Coronel viraram amigos inseparáveis
Venho ressaltar desde já que o livro está longe de ser um livro vazio e sem emoção, ou cheios de romance e baboseiras que estamos cansados de ler. O inverso disso tudo é uma história eletrizante, tensa e que nos deixa sem fôlego por alguns instantes e com boas doses de comicidade. O livro é traçado com uma bela divisão de capítulos, primeiramente de forma regressiva, começando pela ida de Miles para o colégio até o acontecimento “x” (que por sinal é a raiz da questão), e depois do acontecimento, o livro tem sua narrativa de forma progressiva, ou seja, levando-nos até o grande desfecho.
 Vários fatos a partir dessa junção acontecem e quando digo fatos, quero deixar claro que são, entretanto os memoráveis trotes aplicados por Alaska e outros episódios já vividos dento do colégio. Miles começa a ter por Alaska um grande desejo e admiração por sua inteligência e a forma com que ela decidia e comandava o grupo. Alaska era uma garota definitivamente decidida, extremamente instável e mandona que por sua vez trazia dentro de si uma bagagem de conflitos e questões que também gostaria que houvesse respostas “Como sairei deste labirinto?” ela se perguntava.
Uma boa verdade é que não temos muitos fatos relacionados ao convívio familiar de cada personagem ou relatos mais detalhados de suas identidades o que não tira pontos do John Green, pois seus personagens são sensacionais e cheios de identidade e a sensação que temos após o término de cada livro é de ficarmos um pouco órfãos. Ele deposita em seus livros algo que meche conosco, nos inquieta de maneira ímpar. Após alguns capítulos de Quem é você, Alaska? você não consegue fazer mais nada até saber o que irá acontecer. Sei também que essa é uma grande chave de leitura que se espera quando estamos lendo algum livro.  
A publicação lida para esta resenha do Quem é você, Alaska? é da editora Martins Fontes, edição já atualizada em 2014.


Agradeço o tempinho destinado a esta leitura e espero ter podido deixá-lo com vontade de ler esta obra! Até a próxima resenha 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Resenha HQ: As aventuras de Tintim; Os Charutos do Faraó.


*Tintim e Milu estão juntos e mais inseparáveis que nunca. Eles ainda não sabem, mas estão entrando em uma viagem que trará grandes aventuras e muita dor de cabeça para eles. (rsrsrs). Tintim está bordo de um grande navio, desfrutando de um cruzeiro rumo ao Extremo Oriente, quando escuta o pedido de ajuda de um tripulante muito louco para que alguém possa ajuda-lo a resgatar um papel muito importante que esta voando dentro do navio, conseguindo salvar tal papel Tintim entrega ao senhor que se apresenta como Armando Silicone (você também verá o nome Philémon Siclone – dependendo do material publicado, o nome poderá sofrer alterações), egiptólogo. O mesmo avisa que estava indo ao Cairo procurar pela tumba do faraó Kih-Oshk, e convida nosso repórter a acompanha-lo. Tintim aceita sem hesitar. Porém a policia (os Dupondt) local que já estava infiltrada no cruzeiro espionando uma possível organização de tráfico recebe uma mensagem e descobre junto aos pertences de Tintim uma pequena caixa contendo ópio. Trancado no porão Tintim consegue uma forma de escapar do navio.
Em terra firme, ele encontra com o egiptólogo e ambos percorrem o caminho que possivelmente deverá levá-los a tal tumba, porém misteriosamente quando estavam fazendo a escavação o Senhor Silicone desaparece, Tintim junto com Milu encontram a passagem secreta onde o egiptólogo poderia ter entrado e descobre que o caminho o levará para algumas salas funerárias misteriosas e carregadas de charutos.



Capturado, Tintim é lançado ao mar junto com seu fiel amigo Milu. Após um bom período a deriva eles encontram o Senhor Silicone e juntos são resgatados por uma pequena embarcação. Já dentro do barco Tintim descobre um grande arsenal de armas escondidas no porão, onde repentinamente a polícia se revela e ele escapa novamente. Levado novamente à terra firme Tintim e seus amigos enfrentaram diversos contratempos em busca de respostas. Sem pretensão alguma Tintim encontra Rastapopoulos (ainda iremos ver muito este personagens em outras edições) gravando um filme bem no meio do deserto. Em meio a tudo isso a polícia (representados pelos Dupondt) ainda esta no encalço do nosso repórter.

Basicamente a trajetória percorrida nesta história tem a seguinte sequencia:

1.    O início quando Tintim se vê questionando sobre os charutos dentro das salas funerárias e aceita a aventura;
2.    A descoberta de possíveis facções, droga (ópio) e armas de fogo;
3.    Desfecho da história e a contribuição de Tintim com a polícia;


Como havia dito anteriormente não pretendo descrever mais nada sobre a obra acima citada, pois tornaria minha resenha em um spoiller e não é esse o propósito do blog. E não acaba por aqui, Os Charutos do Faraó abre caminhos e segue sequencia na próxima HQ de As Aventuras de Tintim “O Lótus Azul”.
Esta semana teremos mais algumas postagens, espero que tenham gostado e aproveitem pra ler...
Notas sobre a obra:
Os Charutos do Faraó teve sua primeira publicação em 8 de Dezembro 1932 no Le Petit Vingitième. Tiveram ainda várias modificações, acréscimos de personagens entre outras alterações editorias assim como outras publicações e só apenas em 1955 ganhou o colorido que os demais álbuns já haviam ganhado.

Obrigado Galera e até a próxima...

*Breve introdução feita sobre As aventuras de Tintim no post “O Ídolo roubado” publicado anteriormente.


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Resenha: A culpa é das estrelas


Oi galera! Demorei um pouco nesta postagem por alguns motivos mas desde já gostaria de agradecer aos visitantes do blog. Hoje  falaremos sobre A culpa é das estrelas (título original: The fault in our star)
Uma coisa que ficou em minha mente entre tantas outras coisas foi a de passar a ver a palavra “ok!” com outros olhos, (risos) e acredito que para muitas outras pessoas também. A culpa é das estrelas assim como o livro Querido John foi um livro que foi muito falado e especulado e são eles, aqueles livros que você praticamente é forçado a ler, entretanto morre de medo de não gostar ou de não ser tudo isso que falaram. Em A culpa das estrelas de John Green, prevalece uma forma bem elaborada de história e a leitura é muito fluida e quando você menos espera o livro acaba. Mas porque isso acontece? Quantos livros e filmes partem do pressuposto de uma doença incurável? Quantos livros abordam essa narrativa já tão explorada? Mais uma vez não venho aqui levantar bandeira de livro (a) ou (b), venho apenas relatar uma experiência a partir de um livro tão falado e que eu já estava me sentido um E.T. por ainda não ter lido. Não que eu seja uma pessoa influenciável e que as pessoas tenham forças em minhas decisões. Entretanto eu já estava me incomodando pelo fato de estar na ignorância total de tal leitura.
Vamos começar então? A história narra o romance (também encontro) de dois adolescentes com históricos de câncer em estágios diferentes e em locais diferentes (isso é importante ressaltar). Hazel Grace nossa personagem principal carrega dentro de si a determinação que é esperada em uma pessoa que é diagnosticada com câncer. Bem o simples fato de ter câncer não tira dela sua vontade de viver, ler, usar seu All Star e tirar suas próprias conclusões sobre sua doença e ser alvo de suas afiadas ideias de ver o câncer de tireoide com metástase nos pulmões. Já seu amigo/namorado Augustus Waters (ou simplesmente “Gus”) é magro e tem segundo Hazel um sorriso ligeiramente de cafajeste e andar idem. Ele gosta de música, livros e games. Ele também é portador de câncer (osteossarcoma) e esta em remissão a algum tempo, e assim como Hazel, aproveita cada minuto de sua vida.
Eles se conheceram no grupo de apoio que ficava na igreja local ambos têm um círculo bem reduzido de amizade e isso faz que a amizade entre eles se estreite a cada dia. Os dois começam a fazer parte de uma história que as estrelas fizeram questão de unir. Em algumas trocas de experiências sobre leitura, Hazel fala para o Gus sobre um determinado livro cujo autor julgava ter acabado, mas não aos olhos dela. Determinados a buscar respostas para o final do livro os dois embarcam para a Holanda e lá chegando suas vidas e expectativas sofrem uma grande reviravolta e os dois acabam voltando frustrados para Indiana cidade onde moram. Até então tudo estava sobre controle até que um deles sofre uma recaída na doença e eles já não conseguem ter controle de mais nada. 
Um livro pode ser uma ponte para o conhecimento de um determinado assunto. Não foi diferente em A culpa é das estrelas. Já não sei até que ponto posso avançar nas explicações ou se estaria dando um spoiler portanto, paro por aqui.

Agradeço a leitura e desde já estou avisando que esta semana teremos mais post... 
Obrigado Galera!


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Resenha HQ: O ídolo Roubado


Breve introdução sobre As aventuras de Tintim e seu criador.

Tintim foi criado por Hergé (1907 a 1983) pseudônimo artístico de Georges Remi (nascido em Etterbeek – Bélgica). Artista gráfico e imaginativo criou em 1928 um herói de banda desenhada que ia de contra aos parâmetros da época. A primeira aparição de Tintim foi em 1929. Antes mesmo de virar uma revista em quadrinhos Tintim podia ser visto em um jornal local belga onde eram publicadas apenas algumas tirinhas em um de seus cadernos semanais. A inspiração para Tintim veio, segundo declarou Hergé, do seu irmão Paul, apesar de que este assunto ainda gera polêmicas até hoje. Muitos dos principais personagens retratados nas suas histórias eram baseados em pessoas de carne e osso. Tintim nasceu em 1929. Conhecido como o Walt Disney Europeu, Hergé criou diversos personagens além de Tintim, tais como Jo, Zette e Jocko. Hergé também criou Quim e Filipe (Quick et Flupke), dois meninos miúdos que vivem aventuras urbanas. O estilo impecável de Hergé e o soberbo uso de cores levou-o a ser aclamado internacionalmente bastante tempo após a Segunda Grande Guerra, pois com o fim desta guerra, ele passou a ser censurado devido às suas ligações com o Nazismo, especialmente com o líder nazista belga Léon Degrelle.
Os álbuns de Tintim, como os de outros personagens criados por Hergé, são lidos em mais de 40 línguas pelo mundo fora. Seu estilo influenciou a criação de outros personagens mais famosos dos quadrinhos, como (Astérix, Lucky Luke, Blake & Mortimer e muitos outros). Os álbuns com histórias completas são um marco no desenvolvimento de histórias em quadrinhos. Os álbuns de Tintim são de uma precisão incrível, com todos os detalhes minuciosamente cuidados.

Resenha:

Após ouvir sobre um ídolo raríssimo que havia sido roubado do Museu Etnográfico Tintim começa a investigar o caso fazendo uma breve pesquisa na biblioteca, pegando as informações necessárias sobre o tal ídolo. Na manhã seguinte ao roubo, o ídolo misteriosamente foi devolvido ao local de origem. Mas o que levaria uma pessoa a devolver tal artefato? Logicamente após uma pequena observação Tintim descobre que aquele não era o artefato original. A polícia encerra as investigações e Tintim querendo obter mais informações sobre o caso não avisa ao delegado que aquele ídolo devolvido não era o objeto roubado, decidindo assim seguir as pistas por si só.
Diante das evidências Tintim lê em uma pequena nota de jornal sobre uma misteriosa morte de um escultor que podia estar relacionado ao desaparecimento do ídolo original. Ele vai até a casa onde o escultor morava a fim de encontrar alguma pista sobre sua morte. Lá, Tintim confirma o que ele já havia previsto. Após algumas perguntas a uma moradora sobre o escultor ele descobriu que havia ainda em seu apartamento alguns objetos de arte, três ratinhos brancos e um papagaio. O escultor provavelmente teria sido morto após esculpir a réplica do ídolo, e para não abrir a boca sobre o roubo, ele teria sido assassinado. Mas quem não queria que ele falasse? A moradora perguntou a Tintim se ele não gostaria de ficar com o papagaio ele diz que não e vai embora.  Quando estava no meio do caminho Tintim teve um estalo e achou melhor ficar com o bicho, pois sabendo que ele havia presenciado a morte de seu dono poderia dar alguma pista para ajudar no caso. Tarde demais, o papagaio já havia sido entregue a outra pessoa minutos antes de Tintim chegar.
Começa agora a busca para encontrar a tal pessoa que levara o bicho. Mil coisas acontecem até que Tintim encontra uma forma de obter a informação que precisa. Sabendo agora onde procurar ele embarca para a América do Sul, mais precisamente em Las Dopicos, capital da república de San Teodoro. Lá, a vida do nosso repórter e de seu fiel amigo Milu não será nada fácil.
As histórias de Tintim carregam uma bagagem muito grande sobre os problemas sociais e Hergé retratava isso muito bem em suas histórias. Nesta história podemos contemplar de como era o poder dos generais, seus desmandos e o peso de suas patentes. O ídolo roubado teve sua primeira publicação em 1945 pela Editions Casterman S.A. – Bélgica, e só aí podemos ver a grandiosidade da coragem em trazer temas com cunho histórico tão significativo.
Curiosidades:

Impressionante quando uma obra consegue reunir tantos elementos em uma só revista. Lembro-me quando era mais novo, eu assistia As aventuras de Tintim pela TV Cultura e já ficava maravilhado com as histórias do nosso repórter. A esfera que envolve as histórias de Tintim é simplesmente sensacional e ao mesmo tempo tão atual, pois à medida que a lemos notamos que muitos dos problemas relatados ainda perduram em nosso sistema social de outra forma claro, mais mascarada e com uma nova roupagem.