segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Resenha: Quem é você, Alaska? (título original: Looking for Alaska)



Quem é você, Alaska? traz a história de Miles Halter, um jovem que está cansado da vida que leva com sua família na Florida. Sem amigos, sem vida social e totalmente desestimulado do convívio familiar, decide morar em um colégio interno onde seu pai já havia estudado no estado do Alabama. Os pais perguntam por qual motivo ele está querendo ir para o tal colégio e Miles diz, citando o grande poeta François Rabelais, que ele precisava sair em busca de um “Grande Talvez”. Miles tem uma mania de memorizar últimas palavras. Ele lê biografias e memoriza as últimas palavras ditas por celebridades antes de morrerem.
Chegando ao colégio Culver Creek, Miles conhece seu parceiro de quarto Chip Martin o “Coronel” como era chamado. Um baixinho mandão que adorava ditar as regras, por isso era possuidor de tal apelido! O mesmo batizou Miles com o apelido de “Gordo” em homenagem a sua magreza. Apresentados, Coronel e o Gordo vão ao quarto de Alaska Young, uma jovem sedutora, inteligente, problemática e detentora dos melhores prazeres já experimentados pelos jovens de Culver Creek, cigarros e bebidas (isso claro às escuras). Como em toda maioria dos colégios, Culver Creek não era diferente. Miles conheceu Takumi e Lara posteriormente e juntos com Alaska e o Coronel viraram amigos inseparáveis
Venho ressaltar desde já que o livro está longe de ser um livro vazio e sem emoção, ou cheios de romance e baboseiras que estamos cansados de ler. O inverso disso tudo é uma história eletrizante, tensa e que nos deixa sem fôlego por alguns instantes e com boas doses de comicidade. O livro é traçado com uma bela divisão de capítulos, primeiramente de forma regressiva, começando pela ida de Miles para o colégio até o acontecimento “x” (que por sinal é a raiz da questão), e depois do acontecimento, o livro tem sua narrativa de forma progressiva, ou seja, levando-nos até o grande desfecho.
 Vários fatos a partir dessa junção acontecem e quando digo fatos, quero deixar claro que são, entretanto os memoráveis trotes aplicados por Alaska e outros episódios já vividos dento do colégio. Miles começa a ter por Alaska um grande desejo e admiração por sua inteligência e a forma com que ela decidia e comandava o grupo. Alaska era uma garota definitivamente decidida, extremamente instável e mandona que por sua vez trazia dentro de si uma bagagem de conflitos e questões que também gostaria que houvesse respostas “Como sairei deste labirinto?” ela se perguntava.
Uma boa verdade é que não temos muitos fatos relacionados ao convívio familiar de cada personagem ou relatos mais detalhados de suas identidades o que não tira pontos do John Green, pois seus personagens são sensacionais e cheios de identidade e a sensação que temos após o término de cada livro é de ficarmos um pouco órfãos. Ele deposita em seus livros algo que meche conosco, nos inquieta de maneira ímpar. Após alguns capítulos de Quem é você, Alaska? você não consegue fazer mais nada até saber o que irá acontecer. Sei também que essa é uma grande chave de leitura que se espera quando estamos lendo algum livro.  
A publicação lida para esta resenha do Quem é você, Alaska? é da editora Martins Fontes, edição já atualizada em 2014.


Agradeço o tempinho destinado a esta leitura e espero ter podido deixá-lo com vontade de ler esta obra! Até a próxima resenha 

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